terça-feira, 8 de abril de 2014

ao lado

Não há um lado mal... Nem há mal algum deste lado
Por todos os lados, mal da pra se ver de que lado estamos
Não há um lado de lá, quando se está de frente para o espelho
Não há lado algum, quando se está no escuro...
O melhor lado para se estar é o lado certo..
Um certo dia ao seu lado... era o lado que eu mais gostava
O lado direito da boca era o lado mais beijado...
Nada se compara ao perfume das manhãs de sábado...
De longe, o sabor mais doce era o primeiro dia de férias..
Era o beijo da menina mais doce da escola...
Era o lado da inocência.. lado a lado... lapsos... lábios...

domingo, 6 de abril de 2014

Direitos

O Brasil tem um histórico de desigualdades sociais que permeia a vida e as raízes do seu povo. Desde a “pseudodescoberta”, pelos portugueses, durante a época das grandes navegações, passando pelo extrativismo exploratório, do qual também desfrutaram com gozo França, Holanda, Espanha, Inglaterra e outras nações europeias, até o uso do trabalho escravo de negros e a dizimação da população indígena em toda a região latino-americana. Soma-se a todos esses 514 anos de absolutismo e pensamento déspota um caldeamento racial que mescla povos de várias regiões do mundo, num país onde cada um é, por último brasileiro, se autointitulando, num primeiro momento descendente de italiano, francês, espanhol, português, africano, etc. Dessa forma, é claro o descaso do povo com ele mesmo, em uma ideia inicial de que esse território não lhe pertence. Olhando em terceira pessoa, o que se percebe, é que tantos povos juntos em um mesmo território fez com que não houvesse uma identidade nacional definida. Essa falta de identificação patriótica inibe uma união sólida pela luta de direitos coletivos, como ocorre em outras nações como Alemanha, por exemplo. Mesmo derrotada e destruída, após as duas grandes guerras mundiais, o sentimento nacionalista fez o país sair das ruínas ao topo das grandes economias, ostentando um grande desenvolvimento econômico e social. Observando por esse prisma, é possível notar alguns dos fatores que fazem do Brasil um país tão rico, mas por outro lado, tão desigual. É um absurdo jurídico e social, que apenas a 26 anos tem-se uma constituição onde figura a “dignidade da pessoa humana” como princípio fundamental. Mais absurdo ainda, é perceber que em um hall tão multíplice de direitos fundamentais, tão poucos são respeitados por governantes, legisladores e pela própria sociedade, que deveria zelar pela preservação de tais princípios. A Constituição Federal de 1988 é, sem dúvida, um marco no que se refere a expor os anseios do indivíduo pela garantia de seus direitos, contudo ainda se apresenta de forma esparsa, necessitando de medidas que visem corrigir ou suavizar as desigualdades tão acentuadas no Brasil.

todos tem segredos

todos têm fantasias...