terça-feira, 15 de setembro de 2009

FAÇA AGORA






Vá embora, feche a porta...

Siga em frente

Vire a esquina, siga a rota...

Vá em frente

Enfrente seus medos, espalhe segredos...

Experimente

Teste o mundo, prove o medo...

Reinvente

Outro modo, outro lado...

Novas lentes

Esquente os motores, acelere...

Vá em frente.

Se mate em desejos e prove beijos...

Doces e quentes...

Se deite nos braços da fada

entre lábios e dentes...

e seja sempre...

terça-feira, 1 de setembro de 2009

TODA SAUDADE DO MUNDO ESTÁ EM MIM.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

o caminho


Ela saiu...

Liguei o carro, coloquei o cinto, acendi os faróis e saí. (tocava secret smile)

Fiz o retorno no meio do canteiro e coloquei a terceira marcha.

Mais uma e mais uma... o pé no freio.... “quebra-molas”... e uma nova seqüência até se passarem 900 metros, onde um semáforo me esperava rubro. Esperei um pouco... e fui!

Virei à direita e olhei para um túnel de árvores que ilustravam um deserto. Acelerei!
Um viaduto... passei por cima e contornei 270 graus até passar por baixo dele mesmo.

Dirigi três quilômetros, passei por mais três semáforos e três “quebra-molas”, até chegar a um vale gelado... Uma avenida iluminada me esperava vazia e silenciosa. (tocava heroes)

As luzes passeavam cambaleantes com o meu sono e dirigi na retidão do ermo até encontrar ruas que se dobravam e se bifurcavam para esquerda e para direita... mal iluminadas e sonolentas, sombreadas por galhos assustadoramente poéticos. (tocava open your eyes)

Mais uma esquina, um vento frio e um portão amarelo que se abre devagar... ... ... motor quente, tudo se cala, e os faróis dormem.

Eu também...

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Resumindo...


Você me faz bem e a explicação se resume a isso

E se não consigo ficar longe, tudo que se pode aclarar é a vontade

Por que quando é impossível não pensar em você, apenas me entrego às possibilidades

E “tudo” é o resumo do que eu quero, mas o “tudo” não consegue resumir você

Você tem tantas dúvidas que nem te norteiam nem me confundem

Tantas bocas, que não me deixam ou não quero ser livre

E é tão simples de explicar, que se resume em “mim”

Um doce e demorado olhar de saudade... de madrugada... de “infinitude”

Uma vontade de que nunca termine o tempo quando estamos perto

De que nunca termine a saudades quando estamos longe

E que o longe seja resolvido em minutos... para não acabar o mundo...

Para que não acabe o dia sem que eu sinta a “friez” da tua mão branca

e o calor do teu “oi”

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Dela


Descreva o todo que é bom e me dê sabores

Visco de mel e perfumes floris

Um canto em cada canto em que cantar é belo

Um encanto de ser simples e livre

De cantar, viver, saborear

Um eterno e sério dia de chuva.

Uma vida ao lado dela... uma tarde bela

E seja o beijo mais esperado e doce...

Como tudo...

Como o todo

Como ela... e mais doce que tudo isso...

É ser só dela...

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Ainda


Ouço ainda a chuva que cai há três dias

Os carros passam sobre um tapete brilhante

Um barulho frigido de pneus sobre asfalto molhado

Nem tudo é poético, nem tudo é tão bonito hoje

O dia está meio parado sobre “um quase silêncio”

Inerte... e o tic tac... ainda... ainda... e exaustão.

terça-feira, 18 de agosto de 2009

SINÔNIMO


Cai lá fora, agora e antes, uma chuva estranha.

Um sonoro cavalgar de pingos sobre plásticos... sobre baldes.

Não estou sem ela... estou sem mim!

Quando falta, a falta é tudo que sobra.

As sombras me assombram de medo de não sobrar nada.

Me falta o ar... e sobram-me artifícios para querer

Escapam os argumentos, os adjetivos... e tudo é sinônimo

O “tudo” se transforma nela.

E faz mais frio em mim, que lá fora

Já deu a hora... ela se foi...

ELA


Parei o carro sob as velhas árvores de galhos desenhados da rua de trás. Tudo era vestígio de imponência que se dobrava aos poucos, que se moldara há tempos. Desliguei o motor... respirei com saudades... soltei o cinto... senti o frio.

As primeiras gotas de chuva tocaram ruidosamente o vidro e deslizaram pacientes até quase desaparecer. As outras e outras... e outras... e já era a chuva, sem calma em cair. Se espalhou pelo pára-brisas embaçado e fez da lembrança vontade.

Então cadenciou meu pensamento e me fez querer estar perto dela, me esquentando na “friez” da sua mão branca. Esgueirando entre suas pernas... trazendo para mim e me escorregando pra debaixo dela. Fazendo seu calor ser um castelo e seu corpo poesia.

E quis ser completamente dela, como se já não fosse sempre... desde sempre, quando até o nada era vontade de ter tudo que fosse ela.

quarta-feira, 29 de julho de 2009

O avesso

Você não me inspira

Nem me deixa mais bonito

Não me faz sentir herói

Ou ver detalhes

Teu nome é igual, é comum

Você me deixa fora do caminho

E me encosta num precipício

Tuas possibilidades entregam minha alma a pesadelos

Tua boca me destrói e rasga minha memória

Esqueço que sou eu e que não és minha

Tuas mãos são finas armas de me confundir

E são essas vestes que cobrem minha vontade

Estou tão perto que sinto tua falsa indiferença

Teus gestos delicadamente nocivos

O veneno mágico do meu fetiche

A fantasia de bruxa, de beleza que te faz real

Você pára o meu mundo

Pára o sentido que tem o vento

O sentido que tem as coisas

Deixa tudo como deve ser... confuso

Você não me inspira

Não me deixa

Você é o não... o nada

O avesso, o início de perder tudo.

terça-feira, 28 de julho de 2009

Arrepios

Hoje ela vem comigo, no meu mundo e dela

E ouço nela o som de frase e suspiro

Agora sou dela... inteiro. Neste exato complexo de ser “nada”

E vejo um exílio sóbrio de noites quentes e lábios

Então me entrego para ser dono e ser doido

Pra sentir arrepios cálidos... pálidos... sólidos

E não chego ao sim...

E não chego ao céu

E não chego a ser dela

todos tem segredos

todos têm fantasias...