quarta-feira, 29 de julho de 2009

O avesso

Você não me inspira

Nem me deixa mais bonito

Não me faz sentir herói

Ou ver detalhes

Teu nome é igual, é comum

Você me deixa fora do caminho

E me encosta num precipício

Tuas possibilidades entregam minha alma a pesadelos

Tua boca me destrói e rasga minha memória

Esqueço que sou eu e que não és minha

Tuas mãos são finas armas de me confundir

E são essas vestes que cobrem minha vontade

Estou tão perto que sinto tua falsa indiferença

Teus gestos delicadamente nocivos

O veneno mágico do meu fetiche

A fantasia de bruxa, de beleza que te faz real

Você pára o meu mundo

Pára o sentido que tem o vento

O sentido que tem as coisas

Deixa tudo como deve ser... confuso

Você não me inspira

Não me deixa

Você é o não... o nada

O avesso, o início de perder tudo.

Um comentário:

  1. simplismente eu... que tem um sorriso só pra você13 de agosto de 2009 às 08:00

    Profundo... tão que fez cair lagrimas... como todas as suas palavras... ultimamente tem sido assim!!!

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todos tem segredos

todos têm fantasias...