Parei o carro sob as velhas árvores de galhos desenhados da rua de trás. Tudo era vestígio de imponência que se dobrava aos poucos, que se moldara há tempos. Desliguei o motor... respirei com saudades... soltei o cinto... senti o frio.
As primeiras gotas de chuva tocaram ruidosamente o vidro e deslizaram pacientes até quase desaparecer. As outras e outras... e outras... e já era a chuva, sem calma em cair. Se espalhou pelo pára-brisas embaçado e fez da lembrança vontade.
Então cadenciou meu pensamento e me fez querer estar perto dela, me esquentando na “friez” da sua mão branca. Esgueirando entre suas pernas... trazendo para mim e me escorregando pra debaixo dela. Fazendo seu calor ser um castelo e seu corpo poesia.
E quis ser completamente dela, como se já não fosse sempre... desde sempre, quando até o nada era vontade de ter tudo que fosse ela.
Esse texto foi o que u mais gostei julinho
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